Resultado de uma história de 27 anos
A ideia do S2M nasceu em 2007, em Utrecht, e ganhou o certificado de B Corporation em 2015. Isso significa que esse é um empreendimento que tem entre as missões resolver problemas sociais e ambientais por meio de seus serviços e produtos.
Mas para chegar nesse ponto a caminhada foi longa. Em 1989, Ronald van de Hoff e seu amigo Paul Lepoutre criaram o Meeting Plaza, um modelo de negócio que se baseava em oferecer um espaço para empresas que precisavam de um lugar grande para reuniões, convenções, workshops. Ideia similar a do coworking? Sim! Porém repare que se trata de um modelo de negócio que está em alta hoje, mas que foi fundado nos anos 1980.
Beatriz Bremer, paulista que vive em Amsterdã e trabalha para o Seats2Meet International, conta que esse primeiro empreendimento passou por uma inovação com o booking online. Segundo ela, foi nesse momento que o empresário percebeu que essa plataforma online de reservas era perfeita para conectar pessoas e que era possível criar um ecossistema em que fosse possível encontrar quem tem o conhecimento necessário para você, na locação em que você estiver.
“Depois, ele pensou além: ‘como facilitamos esses encontros?‘ e ‘como a fazemos para essas pessoas estarem abertas para trocar esse conhecimento?'(…) Foi assim que surgiu a ideia de criar um espaço que se chama Seats2Meet, em Utrecht, que é o único espaço que o S2M International é proprietário. Todos os outros 165 lugares que existem são diferentes modelos de negócio, com outros proprietários, que só aderiram ao conceito”, conta Beatriz. Essa ideia ganhou vida também com o trabalho de Marielle Sijgers como co-fundadora.
O empreendimento que opta por esse conceito conta com:
- Plataforma de booking online
- Acesso a Magazine, que funciona como um espaço para divulgação de projetos e empreendimentos
- Acesso a um sistema chamado Serendipity Machine, que é um espaço virtual que funciona em tempo real e permite o encontro de profissionais com habilidades complementares, fazendo uma fusão entre o mundo online e o físico.
“Há vários espaços que podem usar o S2M. Aqui na Holanda temos escolas, bibliotecas… Começamos a expansão há um ano e já estamos em quase 20 países. (…) E em cada país é diferente. Aqui, por exemplo, tem muita gente em busca de espaço porque muitos ficaram desempregados e passaram a atuar como freelancer, ou empreendedores.”
Uma das vantagens de aderir ao conceito é conquistar um novo público para o negócio. Beatriz usa como exemplo um bar, que normalmente fica ocioso durante o período da tarde. Para esse estabelecimento é possível ter soluções como:
- Otimização do espaço ocioso
- Espaço coletivo para diversos profissionais ampliarem o networking
- Atração de novo público para o bar, pois quem trabalha por lá de tarde pode ficar para o happy hour
- Aumento de consumidores em dias da semana que costumam ter baixa expectativa de público
Um bom empreendimento traz benefícios para todos os envolvidos. Beatriz cita uma questão muito comum: “Muitas pessoas perguntam ‘beleza, oferecemos internet gratuita, café de graça, almoço gratuito, como vou ganhar meu dinheiro?‘. Existe essa dúvida, mas é aí que entra a relevância de um espaço. Com mais gente frequentando, há a possibilidade de aumentar a renda e se cria uma comunidade, um ecossistema, e o dono do espaço passa a fazer parte disso.”
Beatriz ressalta que o principal objetivo do S2M “é você se transformar na melhor versão que pode ser para você mesmo. Não para seu chefe, não para seu trabalho… para você.”